quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Quatro dias na terra da garoa

Foram quatro dias que valeram por um mês.  A cinza cidade de São Paulo despertou em mim um sentimento de amor ainda maior pelo RS. Já tinha viajado para lá quando tinha meus 14 anos. Naquela época o clima, o trânsito e o preço da vida paulista não eram um problema pra mim, que tinha como objetivo conhecer o famoso parque PlayCenter durante minha estadia na cidade que não dorme.
Desta vez o cenário era outro. Fui escalada para cobrir a Couromoda. A maior feira de negócios da América Latina no setor calçadista. Até aí tudo bem. Estava ansiosa e adorei minha missão pela Rádio ABC. O que me assustou foi a vida dos paulistanos.
Tudo é muito caro. Um almoço ou janta não sai por menos de R$30 reais. Isso se tratando de um prato feito (como a gente chama) ou um simples lanche.  Além da necessidade do dinheiro outro item básico para se viver em São Paulo é paciência.
As pessoas não tem pressa. Ao te atenderem em algum local, se você vai esperar ou ir embora não faz diferença. Além disso, o trânsito anda a passos lentos.
Não existe congestionamentos ou obras como em Novo Hamburgo, mas sim inúmeros carros.
Eles lotam ruas e avenidas e fazem trechos, que levariam 10minutos para serem percorridos, demorarem mais de 40minutos. É preciso sair antes para chegar no horário.  Mesmo com viaturas do CET – Centro de Engenharia de Tráfego, que estão por toda a parte auxiliando motoristas que ficam empenhados nas ruas, o fluxo não sai do lugar. Em dias de chuva então a situação é pior ainda.
Resumindo, gostei de São Paulo. Fiquei  hospedada em um antigo prédio da Av.Ipiranga e pude ver mais atenta a semelhança com a arquitetura porto-alegrense, mas já adianto, não trocaria o Rio Grande do Sul por nada.


 Da janela do meu quarto o famoso hotel Excelsior que já hospedou estrelas como Hebe Camargo.

 "Alguma coisa acontece no meu coração, que só quando cruza a Ipiranga e a avenida São João" as ruas de Caetano Veloso